quarta-feira, 7 de julho de 2010

Dois dias intensos de viagem


Bratislava

Como eu não encontrei nenhuma viva alma para me hospedar na cidade, parti para o plano B: hostel, mais conhecido como albergue. Como eram duas noites, não teria problema gastar um pouco (peguei a opção mais barata, obviamente). Cheguei lá já no final do dia 1º, encontrando o local após pedir ajuda a uma dezena de pessoas. É que não encontrei nenhum mapa no caminho.

Após a dificuldade em chegar ao local, a segunda parte do problema era entrar. Não havia nenhuma campainha na primeira porta. Apelei ao bar ao lado, para ver como entrar. A atendente, muito solícita, ligou até para a central de informações. Antes de conseguir alguma que nos ajudasse, fomos agraciados com um cara saindo do prédio e deixando a porta aberta. Enfim, depois de conseguir entrar e ainda ser atendido pelo recepcionista, tudo ficou tranqüilo. Ele só falava francês, o que não foi muito difícil depois de alguns anos de Aliança Francesa.

O albergue era legal, com um quarto com 4 beliches e um quarto com cama de casal. Às 9 da noite, ele foi embora, deixando o local todo para nós. Algo bem difícil de acontecer no Brasil, creio eu. Lá, éramos em 2 australianos, um casal de não sei onde (totalmente excluído), um argentino e eu. Histórias e mais histórias. Tinha gente viajando desde abril, janeiro e não sei quando. A minha viagem era a passeio para eles. O que mais curti foram os planos do argentino. Depois de uma separação e de um filho de 10 anos, vendeu tudo e partiu pelo mundo. Primeiro a Europa, depois México e descer pela América. Desde março está nessa empreitada.

A cidade em si não é tão aproveitável assim. A parte antiga é muito pequena, e em uma manhã se vê tudo. E não estou sendo hiperbólico. Consegui trocar dinheiro, descobrir onde ver o jogo e ver tudo antes das 13 horas. Depois, pelo calor que fazia, voltei ao albergue para resfriar a cabeça e detonar uma melancia! Saudades disso!

Fui ver o fatídico jogo Brasil x Holanda em um bar com outros brasileiros. Ao fim, todos sabemos o que aconteceu. Depois, mais uma voltinha pela cidade e albergue. Como havia internet, fiquei bem algumas horas em frente ao computador, como há muito na fazia. Até consegui resolver problemas meus e de outros, graças à tecnologia. Por isso amo tudo isso.

Wien

Minha ideia inicial era, depois de Bratislava, ir para Praga, na República Tcheca. O argentino, porém, me informou que Viena ficava 1 hora dali e por míseros 11 euros. Como minha passagem de Eurorail não estava valendo para a Polônia e Eslováquia, preferi pagar só isso para viajar. Isso sem falar que havia trem a cada 1 hora.

Cheguei à cidade às 11 da manhã, sem mapa e com uma puta mochila nas costas. Não achei lugar para guardá-la, o que me obrigou levá-la para todos os lugares. Fui andando, andando e andando. Quando via turistas, seguia-os. Afinal de contas, turistas estão sempre vendo pontos turísticos. Pelo menos essa é a ideia da coisa.

Depois de muito caminhar, cheguei ao centro histórico. Muitos prédios antigos, grandes e estrondosamente brancos. Até entendi o austríaco Hitler ser daquele jeito. Eu achei um mapa na vitrine de uma loja, e após tirar um foto dele, me guiava pela máquina fotográfica. Diferente, não?

Como quis viajar em junho/julho, ganhei um grande companheiro de viagem, o calor infernal. Como alojamento em Viena estava muito caro, parti para Praga, onde já havia reservado premeditadamente um albergue, próximo à estação de trem, para não ter problema em chegar à noite. Minha família pode, assim, ver que em alguns aspectos estou amadurecendo, organizando algo e pensando em todos os fatores. Na verdade sempre fiz isso, mas é que sou muito tranqüilo se não dá certo. Enfim, dessa forma parti para Praga um trem antes do esperado, passando apenas (e muito feliz por isso) 5 horas na capital austríaca.

Continua...

Um comentário:

  1. Ai que legal! Essa dicas de outros viajantes são ótimas mesmo!!
    Em Dezembro fiz uma viagem que, por causa de uma dica dessas, ao invés de ir de Luxemburgo para Colônia, passei uma noite em uma cidade (fofinha) da fronteira alemã. Resultado: um lugar a mais conhecido e o equivalente a um dia de viagem economizado em passagem de trem! =D

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