quarta-feira, 12 de maio de 2010

Fim de semana no Porto



!Hola, chicos!

Faz um tempinho que não escrevo aqui, então resolvi colocar primeiro os fatos mais importantes. Leia-se: VIAGEM!

A ideia de ir pro Porto (Portugal) surgiu quando o Fabrício, gaúcho de Sentinela do Sul, me convidou, há muito tempo, para ir ao Mundial de Motocross, que seria próximo ao Porto. Como não sou de recusar companhia aos amigos, encarei a ideia.

Partimos sábado pela manhã, de autocarro. Encontramos outro cara da turma que havia perdido o ônibus do dia anterior por 3 minutos. Sim. Meros 3 minutos! Quando querem, eles conseguem ser precisos. O condutor não estava com bom humor, sendo nítido assim que entramos no veículo. Até aí, tudo bem. Quem nunca acordou de mau humor? Mas o fato era que ele era escroto mesmo. Em Vigo, numa parada de 5 minutinhos pro banheiro, um casal (creio eu de alemães ou algo assim) se atrasou. Ok. Eles estavam errados. O que que o motorista fez? Partiu! É! Deixou o casal lá. E, até onde sei, tudo que era deles ficou no bagageiro. Isso sem falar que o próximo veículo era no dia seguinte, na mesma hora. Não tenho palavras para descrever a minha reação e a atitude do queridão.

Chegando na cidade portuguesa, chuva para nos recepcionar. A ideia original era ficarmos em um albergue, mas ele era muito longe do centro e da estação de trem, onde deveríamos estar cedo no dia seguinte. Fomos então em caminho ao centro, para ver se encontrávamos algum lugar. Depois de pedir ajuda nas Informações, chegamos a um hotel. Último andar, como era de se esperar de pessoas com classe, certo? E mais barato que o albergue.

Depois de nos alojarmos e de muitos telefonemas e desencontros, finalmente encontrei a Mari, da minha turma do Jornalismo. Esse encontro não foi por acaso, como aconteceu outras duas vezes em Madrid. Passeamos, então, pela cidade. Com momentos de chuva e de trégua, conseguimos ir a muitos lugares. E, no final, ainda degustamos a famosa francesinha. É um sanduíche feito de pão de forma, com muito queijo, hamburguer, batata frita e ovo, e com um molho muito picante. Delicioso. E, segundo nossa guia, foi inventando por um chef rancoroso diante dos comentários dos colegas franceses. Por isso que o prato é tão gorduroso, em oposição às minúsculas e chiques iguarias da terra da Torre Eiffel.

De noite fomos à Queima das Fitas, uma festa que dura a semana toda e que se consiste em um lugar com show, tanto nacional ou internacional, e com várias barracas de cursos universitários, que vendem desde comida até caipirinhas, além de brinquedos de parques de diversões. No sábado era uma versão portuguesa do Roupa Nova. Sim, triste, eu sei. E descobri que teve até Marcelo D2. Lá, conheci o João, que faz publicidade na USP, e a Laura, madrileña. Os dois na mesma turma da Mari. Ainda íamos encontrar a Ceci, minha caloura que cursou algum tempo a UFSC e que pediu transferência para a Universidade do Porto. Mas como seu namorado estava doente, não foram enfrentar a chuvinha constante. Devo confessar que matei uma puta saudade de Campo Grande. Shows assim são "comuns" na cidade, umas duas ou três vezes ao ano, mas bem nesse estilo, com muita gente, barracas e brinquedos. E como eu sinto falta disso! Floripa é uma cidade de freiras.

No domingo de manhã partimos, eu e Fabrício, para Agueda, cidade onde seria o GP. Dois comboios e lá chegamos. Até surgiu a ideia de que a humanidade havia acabado enquanto viajávamos, mas, pelos senhores no bar próximo à estação, vimos que não.
Rolou uma caminhada pela cidade, não para conhecê-la, mas sim para achar um táxi que nos levasse à corrida. Por sorte, não choveu esse dia, o que nos permitiu apreciar a corrida. Fui na parceiragem, mas acabei curtindo o evento. E ainda rolaram várias fotos legais. Isso é muito bom!

Voltamos pro Porto, e passeamos mais um tanto. Rolaram muitas conversas e trocas de impressões, sobre a vida, cidades onde estudamos, onde crescemos, futuro e passado. Depois ainda encontramos a Mari e o João, para uma refeição noturna e uma última e boa conversa. No fim da noite, mais precisamente 00.30, pegamos o autocarro para La Coruña. Não preciso dizer que cheguei morto às 6 horas, e que depois só fui levantar da cama às 12.00.

Enfim, a viagem foi bem legal. Mesmo com chuva e pouco tempo, conseguimos conhecer um bom pedaço da cidade. Nossa guia nos contou muitos detalhes, como o fato da J.K. Rowling ter vivido no Porto enquanto escrevia os primeiros livros do Harry Potter. Então tem muitos lugares que inspiraram cenários dos livros, assim como o traje que os bruxos usavam. Era muito comum ver jovens, pelas ruas, vestindo capas. Lá, visitamos o Palácio da Bolsa, onde até hoje acontecem reuniões importantes. E a guia ainda explicava tudo em espanhol e francês.

Curti também porque passei um tempo com uma pessoa querida e que já fazia falta na UFSC. Senti muito por não ter conversado com outra pessoa, que mesmo tento pouco contato enquanto estudamos juntos, sei que é boa gente e que tem as mesmas dúvidas que eu e muitos outros temos ou tivemos em terras estrangeiras. Eu ainda sei que vou voltar, em pouco tempo. Ela, ainda tem alguns anos pela frente. Logo, suas dúvidas são maiores. Mas as dúvidas nos fazem mudar. Vou terminar meu texto com uma frase incrivelmente boa, da Mari (não me processe!).

"Tenho mais medo de não mudar do que da própria mudança."

2 comentários:

  1. cada contexto precisamos de uma compreensão diferente sobre as coisas. mudar de visão não é sinal de insegurança, é sinal que estamos amadurecendo, ampliando horizontes ne enfim evoluindo. mudar de visão, mudar o estilo, mudar de lugar... experiências novas sempre são bem vindas para que não cometamos os mesmos erros do passado.

    P.S.: Adooooro Harry Potter ;*

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  2. Nossa! To orgulhosa dessa minha frase já!Não processo mas já penso em patentear! Huahuahau
    Adorei ter te recebido aqui no Porto, pena que a cidade não foi generosa e quase desabou em chuva quando estavas aqui! Huahauhau!

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