sexta-feira, 2 de julho de 2010

Visitando as raízes

A entrada e saída da terra de meu avô foram turbulentas. Sinal, talvez. Mas de que? De que talvez eu não deva esquecer minhas raízes...

Warszawa

Para ir para Varsóvia, tive que pegar um ônibus em Riga, Letônia. Por problemas de trocas de nomes, quase perco o infeliz. Mas não perdi. Isso que importa. O complicado foi o depois de chegar na cidade. Como estou adotando o método do couchsurfing, dependo muito das pessoas me aceitarem e me darem seu endereço. Mas não foi bem isso que aconteceu. Eu tinha dois pedidos aceitos, e optei por um. Porém, a menina não me deu seu endereço, me deixando totalmente perdido na cidade. Por sorte, a segunda opção já tinha fornecido os dados. E o que eu fiz? Me dirigi até lá. Mesmo sendo domingo, 7 da manhã, e sem avisar que eu iria. Espero que nunca façam isso comigo!

O casal era legal. A princípio, não gostei deles, mas também cheguei na manhã seguinte a um casamento. Ressaca, cansaço e tudo influenciaram no humor deles. Ela, 20 anos, é babá e ele, 28 anos, é designer de jóias. No decorrer dos dois dias, entretanto, nossa relação melhorou. Mais conversas sérias e um contato maior.

Quanto à cidade, não gostei muito. A Old City é muito linda, mesmo não sendo tão velha. Ela foi toda reconstruída depois de ser bombardeada na II Guerra Mundial, mas continua com seu charme. Já o centro, pura pedra. Prédios gigantescos, e muito concreto, o que aumentou ainda mais o calor.

O transporte funcionava muito bem. Tanto ônibus quanto os trans, espécie de bonde. Acredito que em toda a Polônia o sistema seja o mesmo: você compra um bilhete antes, autentica dentro do veículo e pronto. De tempos em tempos aparecem os fiscais para cobrar seu bilhete. Isso não aconteceu em Varsóvia. Sorte minha, porque em nenhum momento eu comprei tal bilhete. Ia de "carona" mesmo.


Krakow

Em Cracóvia, fiquei em um dormitório do pessoal de Artes. Não lembro bem quais cursos, mas tinha arquitetura, design e alguns outros. O prédio me lembrou muito o CCE, não o "aquário", mas a parte do cinema, com desenhos pelas paredes. Eram duas garotas, do interior, que me receberam super bem.

A cidade é muito bonita, principalmente o centro histórico. É como uma grande ilha, com muitas árvores em vez de água. Como praticamente todas as cidades européias, igrejas e prédios antigos e gigantes, para serem vistos de longe pelos viajantes e camponeses.

Foi nessa cidade que provei uma iguaria polonesa, o pierogui. Na verdade, já havia comido antes, mas não lembro quando nem onde no Brasil. E ainda tive a oportunidade de comer em um Milk Bar, espécie de bar onde tudo é barato. Recomendo.

Como estava lá, tive que ir a Auschwitz, campo de concentração nazista. É algo muito forte. Já haviam me falado sobre, mas é necessário ter estômago para estar lá. Ver uma sala gigante, por exemplo, cheia de cabelos de presos não é para qualquer um. Me sentia sufocado naquele lugar.

E, depois de um dia cansativo e de ir até Auschwitz, ainda tive problemas no bonde da cidade. Dez horas da noite e eu ainda encontro um fiscal! Nada melhor para terminar o dia! Ainda bem que aceitavam cartão. E, na manhã seguinte, para ir até a rodoviária, impelido pela multa da noite anterior, comprei mais um bilhete, e qual não foi minha felicidade quando fui abordado pelo fiscal e estava com o papel em mãos.

Para viajar para Bratislava, outro parto. Uma possibilidade era ir de trem, e a outra de ônibus, mais barata e mais "rápida". O difícil foi achar o maldito ônibus, que na verdade era uma van, que nos levaria até o ônibus de verdade, no meio da estrada. Enfim, mais um causo para se contar...

Continua...

Um comentário:

  1. Nossa, que empreitada!! Huahauauah
    É história pra contar pros teus netos agora!
    E sobre Auschwitz, me disseram que pra voltar de lá tem que cuidar com os horários,que não podes perder o trem de jeito nenhum ao fim do dia, se não corre o risco de ficar por lá. É isso mesmo? xP

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