segunda-feira, 26 de abril de 2010

Marrocos em 4 dias



!Hola chicos!

Bom, o que dizer do Marrocos? Tudo foi muito bom! Uma experiência única, e que me abriu os olhos para algumas coisas. Então, vamos lá:

Segunda-feira, 19 de abril

Rolou uma tensão já pela manhã. Eu havia recebido um e-mail da empresa aérea sobre um cancelamento do meu voo. Fiquei preocupado. Depois de procurar telefones e horários de voo, descobri que estava confirmada a minha viagem. Acredito que me mandaram esse correo para que eu trocasse de voo e assim ajudasse a evitar o caos aéreo. Não me sensibilizei e fui mesmo assim. De noite, cheguei a Madrid, onde passei a noite, dormindo em cantinho aconchegante do aeroporto.

Terça-feira, 20 de abril

Cheguei logo cedo em Marrakech. Já no ônibus conheci 3 brasileiros, Rodrigo, Laura e Vanessa. Os dois primeiros moram já há algum tempo na cidade, onde ele trabalha e ela cursa Biologia, e a Vanessa, que estuda Direito, está fazendo intercâmbio. Como eles iriam voltar no mesmo voo que eu, no Sábado, resolvemos ficar todos juntos em um hotel.

O hotel que havia sido indicado pra eles foi muito complicado de achar, mas, depois de encontrarmos uma mulher bondosa, fomos guiados até lá. Discutimos o preço já na entrada, e pagamos poucos 6 euros por ele. Pechincha. Instalados, fomos em procura da agência que organiza a viagem pelo deserto. Optamos por dos días e una noche. Pechinchamos também o valor, e pagamos 50 euros, com jantar, café-da-manhã e passeio de camelo.

Com tudo organizado, fomos andar pela cidade. Arquitetura bem diferente da européia, com um povo característico, com seus trajes e comportamentos. Munidos de um mapa, percorremos alguns pontos turísticos, como Place Jemma El Fna, Palais Badi, Palais Bahia. Isso sem falar nas vielas onde têm lojas por todos os lados. Verdadeiros labirintos. De noite, ficamos no hotel, já que teríamos que acordar cedo no dia seguinte.

Quarta-feira, 21 de abril

Saímos logo cedo para viajar para o deserto. Era uma mini-van, com nós brasileiros (4), madrileños (4) e uma francesa. A viagem é meio cansativa, já que ficamos meio apertados no carro. Não contabilizei o horário, mas parávamos de tempos em tempos para tirar fotos e esticar as pernas. O interessante era ver as paisagens. Mudavam sempre, entre penhascos, dunas, palmeiras, montanhas... Depois, ainda vimos o pôr do sol, enquanto andávamos a camelo. Experiência divertida. Lembra muito cavalo, mas tem um caminhar característico.

Chegamos ao acampamento já de noite, e conhecemos nossa tenda. Grande, com colchonetes pelo chão, duas mesas e muitos cobertores. Tinha mais umas 5 tendas assim, mas nem chegamos a conhecer muito os outros turistas. Como ventava muito, rolou um encontro dentro de uma tenda. Não sei se o normal é ter fogueira ou não, mas foi assim, meio bobinho o nosso meeting. O bom é que conseguíamos conversar em espanhol com os guias. Ouvir o vento, no deserto, de noite, é algo muito bom! Único!

Quinta-feira, 22 de abril

Queria muito ter visto o nascer do sol, mas não rolou. Quando acordei, o sol já estava alto, o que não quer dizer que acordei tarde, ok? Depois do café-da-manhã, camelos para voltar. No dia anterior eu tinha pego o mais arredio, o Ymontep, mas não sabia quem era ele, então peguei qualquer um. Nossa amizade não era tão forte assim. Depois, mais muito tempo na mini-van, no caminho de volta pra Marrakech. Rolou até um enjoo geral, já que o motorista corria muito, para chegarmos no horário previsto.

Como escurecia muito tarde, aproveitamos o tempo para andar mais pela cidade. Ver preços, pessoas, cultura, turistas. Enfim, tudo.

Sexta-feira, 23 de abril

Pela manhã fomos ao museu Dar Si Saidi. Tem uma ou outra boa atração, mas não foi um grande lugar que conheci. Depois, mais passeio pelas ruas e pelos mercadores. Confesso que passei grande parte do tempo entre uma loja e outra. Como estava com duas garotas, e era dia de fazer compras pra família e amigos, dedicamos um tempo a isso. Mas não foi tão fácil assim. Passei os 4 dias procurando por um relógio de bolso, no estilo que meu pai tinha, e não o encontrei. E olha que perguntei, hein! Inglês, francês, espanhol. Até em mímica. Pra não dizer que não encontrei, achei um por 20 euros (barganhei, mas ele não aceitou) e outro por 80. Voltei de mãos vazias.

Pela tarde fomos aos Jardins de Menara, onde tem o Mémorial Yves Saint Laurent. Muito florido, e com muitos turistas. Lugar agradável para se passar uma tarde. Foi até reconfortante, depois de estresse psicológico com os mercadores. À noite, um jantar já nostálgico de Marrakech, em um restaurante com vista para a Place Jemma El Fna.

Sábado, 24 de abril

O voo era logo cedo. Rola uma certa burocracia, já que é voo entre Europa e África. Nada fora do comum. Chegando em Madrid, despedida no metrô. Os brasileiros foram pra Salamanca, enquanto eu fui ao Museu Reina Sofia. Pra ser bem sincero, esperava mais dele. Me encantei mais com o Prado, com obras clássicas. O Reina Sofia é moderno demais para os meus parcos refinamentos.

Para quem não lembra (ou não leu), eu havia encontrado uma menina do Jornalismo UFSC em Madrid na primeira vez em que lá estive. Estávamos no mesmo albergue, e nos vimos ao acaso. Agora, só para não perder o costume, estava eu tirando umas fotos de uma manifestação, quando encontrei outra guria do curso. Novamente, ao acaso. É por essas e outras que eu digo que o mundo é muito pequeno.

Constatações

Para resumir tudo, adorei a viagem. Foi algo inesquecível. Conversei com muita gente, desde os recepcionistas do hotel e mercadores até os bérberes e nômades. Eles falam, como línguas oficiais, árabe e francês. Mas é normal também falar inglês, espanhol e italiano. Gente simples falando mais idiomas que o pessoal que está na universidade, no Brasil. Está certo que é necessário para eles, já que vivem do turismo, mas também é necessário saber falar várias línguas hoje em dia, ainda mais no mercado brasileiro, que está mais competitivo do que nunca. Aprendi algumas palavras, como "oi, tudo bem?", "obrigado" e "de nada", em forma de respeito, já que estava no país deles. Se mostravam felizes, vendo que não estava lá só para usurpá-los. Até perguntaram se eu sabia falar árabe. Se soubesse, seria tratado como rei.

Na viagem ao deserto, vi muita paisagem diferente. Lembrei do Brasil, em que passamos de São Paulo e Minas Gerais, onde tem tanta cidade, à Bahia, onde já impera uma vegetação mais escassa e quase nenhum povoado. O relevo também é muito diferente. Além disso, pessoas nas ruas com roupas locais. Velhos, crianças, jovens. Trânsito caótico. Só de ficar sentado em um canto, observando as pessoas, tanto nativos quanto turistas, já é algo maravilhoso. Ouvir, ver, sentir. Enfim, algo que recomendo a todos. Fiz muita propaganda desde que saí de lá. Não é um lugar que gostaria de morar, mas, se tivesse uma oportunidade futura para voltar, voltaria.

!Abrazos e besos a todos!

4 comentários:

  1. caraaaaacaaa
    vc foi pro marrocos! pqp. deve ser lindo mesmo. queria fazer um mochilão pelaos países árabes. meu sonho mesmo eh conhecer Istambul.
    se puderes olha o filme O tempero da vida. uma produçao da turquia com a grecia. muito bom, muito lindo.
    ah propósito, nem sabia q vc falava francês :S
    bjo, flavia alli

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  2. Oi Faraó!
    Fazia tempo que não entrava aqui, estava com saudades de ler suas histórias. Invejinha boa!
    Escrevi um recado pra vc esses dias gigante, te atualizando do Zero e coisas do gênero, mas quando fui mandar deu pau e esqueci de mandar de novo em outra hora. Mas juro que mando daqui uns dias, hoje estou meio enrolada.
    Saudades!
    Beijos

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  3. nossa, fiquei super empolgada com seu post completíssimo, e sim, fiquei morrendo de vontade de ir lá um dia... Não pensava que era assim...

    e pela falta de interesse em outras línguas o Brasil peca muito, lembro uma vez que fui ao nordeste, num ônibus cheio de turistas argentina, não se encontrava um unico guia para falar español... triste

    beijosssss e saudades!

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  4. má que da hora! li tu do aqui, todos os textos, sim, estou com tempo livre, hahaha1 heim, qaundo sai o seu mochilão, vamos combinar uma trip aí, ja passou do tempo!

    saudades bichoooooooooo!

    beijos e mais beijossssssssssssss em tu!

    Júlia de Miranda

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