terça-feira, 27 de abril de 2010

Segundo mês aqui



Pois é. Mais um mês na Europa. Como passa rápido, né? Nem vi passar esse segundo mês. Talvez porque viajei bastante, ou então porque tive muito tempo de ócio. Vamos à avaliação!

Conheci muitos lugares. Madrid, Paris, Clermont Ferrand, Marrakech, deserto. Uns, eu gostei. Outros, não muito. Normal. Situações diferentes. Organizei pra fazer tudo sozinho, já que é complicado combinar meus horários com o pessoal daqui. Além do mais, fui por preços baratos e lugares que queria muito conhecer. Pra Madrid, foi o fato de ter uma lacuna entre Santiago e Paris. Paris, porque precisava colocar em prática meu francês. Clermont Ferrand, porque surgiu a oportunidade de visitar um amigo da UFSC. Marrakech, voo barato mesmo!

Durante as viagens, pensei muito. Na primeira viagem, fiquei meio depressivo. Bateu forte a saudade. Não ter alguém ao lado para comentar sobre a arquitetura, o preço da comida ou mesmo o clima. Não ter com quem compartilhar as emoções. Foi complicado. Na segunda, foi bem diferente. Encontrei 3 brasileiros gente boa, e rolou aquela química. Métodos de viagem parecidos, humor mais forte. Aliado ao local, que superou todas as minhas expectativas, me fez ter boas recordações.

Esse mês me fez ver como tenho que agradecer imensamente a minha família, mais precisamente aos meus pais. Eu tenho poucas lembranças de minha infância. Acredito que bloqueei tudo, por algum motivo desconhecido. Só lembro de fatos a partir dos meus 12 anos. Um dia eu ainda descubro o porquê disso. Enfim, lembro que não tinha algumas coisas que meus colegas tinham, como video-game, ou mesmo muitas crianças da minha idade para brincar. Isso me obrigou a brincar sozinho, com os GIJoe do meu irmão. Minha criatividade foi às alturas com isso. Minha maturidade também. Tinha muito contato com crianças mais velhas.

Meus pais, além disso, me ensinaram que uma coisa que nunca ninguém pode tirar de mim é o meu conhecimento, o que eu vivi na vida. Um carro, um video-game, tudo pode estragar, ser roubado ou algo do gênero. O que tem na minha cabeça não (exceto em caso de acidente ou bloqueio de lembranças). Enfim, os livros que li, os filmes que vi, os cursos de línguas, tudo está aqui (estou apontando para minha cabeça nesse momento).

Eu vi, nessas viagens, como foi fundamental os idiomas aprendidos. Pensar que posso ir a um país diferente e me comunicar me anima muito. Meu francês está muito enferrujado, mas consigo o que quero sem problemas ou dificuldades. E ver os marroquinos falando 4 ou 5 idiomas me mostrou que posso querer mais. Só basta querer. Além disso, eu fiquei com muita vontade de aprender mais e mais. Pra que economizar? Não estarei matando meus neurônios com mais conhecimento.

Assisti muito filme também. Tento mesclar produções estrangeiras e nacionais. Que eu me lembre, foram Brilho eterno de uma mente sem lembranças, Adeus Lenin, Milk, Ultimato Bourne, Incrível Hulk, Senhores do crime. De nacional, Batismo de Sangue, O invasor, Meu nome não é Johnny, Apenas o fim e Budapeste. Esse último, baseado no livro de Chico Buarque, me inspirou ainda mais. Conta a história de um escritor que vai de mala e cuia para a Hungria, sem saber falar nada da "língua que até o diabo respeita". E aprendeu! Quem sabe um dia eu não faço igual?

É isso aí minha gente. Faltam agora menos de 3 meses. Acredito estar aproveitando bem minhas "férias", engrandecendo meu conhecimento. Até qualquer hora dessas!

2 comentários:

  1. Nossa, passou rapidão mesmo hein?!

    muitas outras boas experiências pra vc nesses meses que restam.

    Beijão

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  2. A gente aprende muito aqui fora, até o que não quer...Huhauahuh! Sei que é bem piegas, mas aprendi a dar mais valor pro nosso país também. Huahuaauh

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