terça-feira, 23 de março de 2010

Primeiro mês aqui


Era uma noite chuvosa. E fria. Ventava muito. E uma mala ficara pelo caminho. Foi assim a noite de 23 de fevereiro de 2010. A noite em que cheguei nesse novo país, nova cidade e nova vida. Belo começo, não?

Resolvi fazer uma boa avaliação aqui, no blog, de como foi esse primeiro mês. Conheci gente demais aqui. Analisando por alto, foram espanhóis, alemães, polacos, finlandeses, eslovacos, letonianos, italianos, argentinos. Muita gente. Tive a oportunidade de conversar bastante com eles. E, assim, aumentar o meu conhecimento de mundo.

Conhecer lugares, ainda não muito. Só mesmo Santiago de Compostela, Arzua e La Coruña. E como andei nessa cidade. Uma coisa de que gosto muito. Ainda mais agora, que tenho uma máquina fotográfica. Muitas fotos tiradas.

Aqui, mudei alguns conceitos. Perto ou longe? Estou a 10 mil quilômetros do Brasil! Agora, repensarei a distância Campo Grande-Floripa. Frio ou calor? 18 graus aqui e já estou andando de bermuda pela cidade. Ou então sem casaco. Cedo ou tarde? Tenho ido dormir às 10 da manhã, e nada de tarde, está aberto antes das 16 horas. Preconceito? Tenho convivido com gays e cariocas (não que eu tivesse algum problema antes. Não com os gays, pelo menos). Comida boa ou ruim? Eu como a minha própria comida!

Uma vez eu passei por experiência semelhante. Foi quando fui fazer cursinho em Floripa, e passei 4 meses longe de casa. Lá, minha rotina se consistia em estudar de manhã e de tarde, e ir pra academia de noite. Todos os dias. Até estudava aos finais de semana. Perdi 15 quilos. Aprendi a lavar, passar, me virar. E adorei todo aquele período.

E sentia uma necessidade de repetir a dose. É por isso que estou aqui agora. Precisava rever meus limites, como fiz naquela vez. Só agora, por exemplo, é que fui aprender a cozinhar.

Nesse mês também pensei muito. Também penso no Brasil, que fique bem claro. Mas é que sempre tenho muita coisa pra fazer, como aulas, trabalho, CA, amigos, festas. Aqui, entretanto, não tenho muito. Então, penso muito. Revejo situações da minha vida. E descubri que tudo o que fiz, até hoje, formou o que sou hoje. Tá certo que tento não pensar em algumas coisas, apagar alguns momentos, mas ainda sei que até esses momentos ruins me ajudaram. E, possivelmente, ainda os verei com bons olhos no futuro. Pelo menos espero!

Sinto muita falta de algumas coisas. Minha família é uma delas. Ainda mais depois do tempo que passei em Campo Grande, antes de vir. Mesmo tendo viajado bastante nessas férias, ainda curti bastante eles. Sinto falta dos amigos também. Ter pra quem contar as novidades, o que estou vivendo aqui. Mas entendo estarem em outro ritmo. Sinto falta do jornalismo. De estar na rua fazendo matérias, estar se estressando com disciplina.

Mas, mesmo contando os dias pra poder voltar pro país (4 meses), quero aproveitar ao máximo essa oportunidade. Por isso já estou me organizando, nem que tenha que viajar tudo sozinho. Sei que vale a pena!

Beijos e abraços a todos!

3 comentários:

  1. aahh, que fofo, ele tá sentindo minha falta...
    hahaha
    aproveita mesmo, mas com responsabilidade, HEEEIIINNNN???

    ResponderExcluir
  2. qué lindas palabras!!! disfruta mucho este momento de tu vida y cuando regreses a Brasil seguramente vas a extrañarlo mucho, cuidate ;)

    ResponderExcluir